sexta-feira, 29 de maio de 2009

Muitas palavras verdadeiras...

Foram ditas a brincar.
" Os últimos dez anos do curso regular podiam ser proveitosamente usados na aquisição de um conhecimento prático de cortar achas de lenha, cozer feijões, fazer camisas, dar duplos saltos mortais, pregar o Evangelho (...), prosódia, costurar, música, dança, escultura, etiqueta, engenharia civil, artes decorativas, calcinação, ciclismo, basebol, botânica, póquer, ginástica, direito internacional, jogo do faraó, conduzir mulas, engessar, correr touros com varas, etc. etc. etc.
Aos 95 anos, o estudante de jornalismo deverá ter perdido esse estilo selvagem, descuidado e impulsivo tão comum entre jornalistas mais novos e menos experientes. Ele sairá da escola com um coração leve e uma bagagem de conhecimentos cheia até cima das mais úteis informações. "

Bill Nye, em The Penguin Book of Columnists

domingo, 24 de maio de 2009

Problema de expressão

Queria escrever qualquer coisa acerca desta foto, acerca de vocês. Mas ainda não inventaram as palavras. Orgulho seria escasso, sentimento seria incompleto, gostar seria limitado.

O muito que vos poderia dizer seria sempre pouco.


Juntos seremos aquilo que quisermos.

domingo, 17 de maio de 2009

As saudades que eu já tinha.

Nos últimos meses quase já não te conheço. Na verdade, tenho passado cá muito pouco tempo, talvez só as noites, em casa.
Hoje percebi que a mudança radical na minha vida me fez perder o teu crescimento. Da janela do carro, vi prédios novos, lojas que não estavam ali, restaurantes sofisticados. Vi um empreendimento com campo de ténis e piscina que parece que é dos melhores das redondezas.
-" Já abriu há tanto tempo, Catarina!"
Vi aquele edifício, ao qual eu já não posso chamar escola, a minha escola. Porque já não pude ver os pavilhões velhinhos, gelados, onde chovia. Vi as gruas, os ferros, os contentores. Parece que vai ser a escola do futuro. Eu preferia que fosse apenas e sempre a minha escola: velha, pequena demais para nós, acolhedora e nossa. Sim, já não me lembro da última vez que lá fui, por isso, acaba aqui. Já acabou.
O Sameiro, jardim de todos os amores. E de todos os charros. Lembrei os beijos, as juras de amor eterno. Aquelas árvores que guardam tantos segredos. Nossos. Deles. De tantos.
O Nova Onda. O Cinemax. O Arquivo Municipal. As lojas dos chineses. O Jardim dos Namorados. O Cantinho da Moninha e as sandes de frango. O Etcetera. E etecetera.
Lembrei e tive saudades.
No fim, senti que guardas memórias demais, sentimentos demais, lágrimas demais, sorrisos demais e vida demais para que eu, algum dia, te possa esquecer.












Descobri um Porto, mas o abrigo de tantas vezes... foste tu.
Cidade da pena. Mas da pena fiel.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Há dias...

em que nenhum sorriso consola,
nenhuma palavra aquece o coração,
nenhum gesto ilumina o momento.


Há dias em que não consigo ser eu.