sexta-feira, 24 de abril de 2009

Miguel*


Lembro-me de te ir ver na véspera do teste História. Eras tão pequeno, tão frágil que tinha medo de te pegar.
Dormias sossegado no meu colo, enquanto eu admirava a tua perfeição tão simples, as linhas tão ternas do teu rosto. Contemplei as primeiras horas da tua vida e guardei-as num sopro de eternidade.
Hoje, esticas os braços quando me vês, tens dois dentes, insistes em deitar fora o chocolate que te dou, sabes chamar pelo Zé ( que por acaso é o teu pai), gatinhas todos os espaços possíveis e os improváveis, abres as gavetas, és irrequieto até apetecer matar-te de abraços.
És quem eu levarei nos braços, para sempre.

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